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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

CGU fará auditoria em Coari

Ministro do controle e da transparência
da CGU, Jorge Hage, recebeu ontem
os parlamentares amazonenses



Antonio Paulo e Aristide Furtado
da equipe de A CRÍTICA

A Controladoria-Geral da União (CGU) vai instaurar uma auditoria especial no Município de Coari (a 370 quilômetros de Manaus) para verificar possível desvio de recursos públicos federais na administração do prefeito Manuel Adail Pinheiro (PMDB-AM). A garantia foi dada ontem pelo ministro do controle e da transparência da CGU, Jorge Hage, ao senador Jefferson Péres (PDT-AM) e ao deputado Francisco Praciano (PT-AM), que pediram a participação da Polícia Federal do Amazonas e do Ministério Público Federal.

Os dois parlamentes entraram com pedido de investigação na Prefeitura de Coari a partir das denúncias de utilização de notas fiscais "frias", pelo prefeito Adail Pinheiro e seus secretários, feitas pelos vereadores Wilson Cavalcante, presidente da Câmara Municipal, e Alfredo Reis, publicadas em A CRÍTICA no domingo passado.

Jefferson Péres explicou que a CGU realiza fiscalizações e auditorias por amostragem, através de sorteios públicos, mas quando a denúncia é de uma autoridade, a fiscalização é feita automaticamente. "Coari recebe uma fábula de dinheiro, cerca de R$ 100 milhões/ano, incluindo-se aí os royalties de petróleo e recursos federais. Fazendo as contas, se não houvesse a prefeitura, o Estado e a União, somente com os recursos dos royalties seriam suficientes para pagar dois salários mínimos a cada família do município. É muito dinheiro envolvido e precisa se investigado", disse o senador amazonense.

O deputado Praciano enfatizou a necessidade de investigação no município dizendo ao ministro Hage que o prefeito de Coari tem histórico de suspeição. Lembrou dos vários processos contra Adail Pinheiro na Justiça e o flagrante de compra de votos nas últimas eleições. "Dada a essa natureza do prefeito e o fato de o município arrecadar bastante recursos, pedimos que fosse feita essa investigação e esperamos que seja feita em todos as prefeituras do Estado do Amazonas", declarou o parlamentar recém-chegado na Câmara dos Deputados.

Questionado se a bancada do Amazonas iria entrar com alguma representação na Procuradoria-Geral da República, Francisco Praciano explicou que as investigações iniciarão pela CGU. Caso haja indícios de desvio de recursos federais, é a Controladoria quem vai fazer o encaminhamento das ações. Se forem verbas estaduais e municipais, o caso passa para o Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).




Fonte: ACrítica - 07/02/2007

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