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quarta-feira, novembro 18, 2009

Adail é interrogado em Coari


Adail Pinheiro, sem algemas, chega à cidade que administrou e ainda detém popularidade para ser ouvido pela Justiça
Lúcio Pinheiro
Especial para A CRÍTICA

O ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, e seus ex-secretários, Maria Lândia e Adriano Salan, foram interrogados ontem pela juíza Sheila Jordana, da 2ª Vara daquele município, no processo em que os três são acusados de pedofilia e exploração sexual infanto-juvenil.


Adail e Salan, que cumprem prisão cautelar em Manaus, foram a Coari (a 370 quilômetros da capital) em um avião da Casa Militar. No Fórum de Justiça da cidade, os dois se uniram a Maria Lândia. Ela também está presa preventivamente, mas no presídio de Coari.

De acordo com o promotor de Justiça, Alessandro Samartin Gouvêa, no interrogatório, Adail, Salan e Lândia, individualmente, ouviram a leitura dos termos que compõem a acusação contra eles, produzida pele Ministério Público Estadual (MPE).


“Dentro da instrução do processo, este é o momento em que os réus ficam cientes dos crimes que são imputados contra eles, e são questionados sobre a veracidade ou não das acusações”, explicou Alessandro Samartin Gouvêa.

O ex-prefeito e seus ex-secretários negaram todos os crimes e se declararam inocentes perante a juíza Sheila Jordana. Maria Lândia (ex-secretária de Assistência Social) e o ex-secretário de Governo, Adriano Salan, são acusados de integrar um esquema de exploração sexual de jovens para participarem de programas sexuais em Coari, com Adail Pinheiro e amigos.

Vítima depõe

A juíza Sheila Jordana também ouviu duas testemunhas de acusação no processo. Uma adolescente, vítima de exploração sexual, e a mãe dela, informou o promotor Alessandro Samartin Gouvêa, ressaltando: “Hoje (ontem), foram arroladas só estas duas. Mas, como os depoimentos delas fazem menção a outros nomes, provavelmente, outras serão ouvidas”.

De acordo o promotor, a defesa dos réus entrou com um pedido de revogação da prisão cautelar deles. O recurso será analisado pela juíza Sheila Jordana, que vai requerer um posicionamento do MPE sobre o pedido. Depois da manifestação do MPE, a magistrada tem prazo legal de cinco dias para emitir um parecer. “Seja qual for a decisão da juíza, cabe recurso”, explicou Alessandro Gouvêa.

Nessa fase processual, ainda segundo o representante do MPE, serão ouvidas testemunhas de defesa de Adail, Salan e Lândia. “Elas (as testemunhas) moram em Manaus. A juíza vai enviar carta a um juiz da capital para que ele possa colher os depoimentos em Manaus”. O promotor de Justiça preferiu não confirmar se, com base nos depoimentos prestados ontem pelas testemunhas de acusação, outras pessoas serão convocadas.

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