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segunda-feira, janeiro 24, 2011

E se Steve Jobs dirigisse a Microsoft?


Sabemos que isso não vai acontecer. Mas, como seria a Microsoft se ela fosse dirigida por Steve Jobs?

A pergunta foi feita no ano passado pela publicação americana TechRadar, que fez uma reportagem sobre isso. Gostei da ideia e resolvi atualizar algumas das coisas que eles dizem fazendo um exercício de imaginação. Vamos imaginar, então, que o Conselho de Administração da Apple insistisse para que Jobs liberasse o suporte a Flash no iPad. Jobs dá um murro na mesa e diz que está saindo da companhia. Steve Ballmer se aposenta e Jobs aceita um convite para substituí-lo. Assim, Redmond ganha um novo rei. Vejamos o que ele faria:

Jobs mataria o Zune, o Bing e todos os outros negócios da Microsoft que não dão lucro. Foi o que ele fez quando voltou à Apple em 1996.

A Microsoft passaria a fabricar seus próprios PCs. Os outros fabricantes migrariam gradualmente para o Ubuntu.

Conectores serial, paralelo, PS2, IDE e VGA seriam extintos, assim como qualquer outra coisa que Jobs achasse desnecessária. Afinal, a Apple acabou com o disquete quando lançou o primeiro iMac.
O Windows 8 de Jobs seria algo totalmente novo. Quem quisesse rodar um aplicativo feito para Windows 7 nele teria de recorrer a um emulador. Foi assim quando a Apple desenvolveu o Mac OS X. Ela jogou fora o Mac OS e começou do zero.

Jobs torceria o nariz para os celulares Kin. Ele trancaria a equipe do Windows Phone nas catacumbas de Redmond e não deixaria ninguém sair até que criasse algo impressionante – e sem Flash, é claro.

Ele proibiria os usuários de Xbox de rodar jogos comprados diretamente dos estúdios. A Microsoft seria o único fornecedor, e cobraria 30% de comissão pela venda.

E qual seria o resultado disso tudo? Os estilos da Microsoft e da Apple são opostos. A Microsoft é descentralizada e seu modelo de negócios não exige que ela saia na frente com inovações. Ela espera que alguém inove para, então, decidir adotar ou não a nova tecnologia, o que é muito menos arriscado do que sair na frente. Sua estratégia é baseada em parcerias. Aspectos importantes do negócio são controlados por fabricantes de chips e de computadores e por desenvolvedores de aplicativos. A Apple, ao contrário, tem seu comando centralizado nas mãos de Jobs, ganha mercado por meio de inovações arrojadas e faz questão de controlar cada componente dos seus produtos. Com Jobs em Redmond, o choque de gestão seria violento e a Microsoft não sobreviveria. Seria o fim do império.

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