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quinta-feira, setembro 01, 2011

Dilma quer prioridade no fim dos apagões no AM

ANTÔNIO PAULO
A ministra Gleisi Hoffmann durante encontro com senador Eduardo Braga (segundo à direita) discute propostas para serem executadas no Amazonas (Roque de Sá - Agência Tempo)
A presidente Dilma Rousseff determinou ao Ministério de Minas e Energia, à Casa Civil e à Eletrobras prioridade absoluta e imediata para resolver os apagões e racionamentos de energia na capital e no interior do Amazonas.
Com investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões, este ano, Dilma quer que até à Copa do Mundo, Manaus não esteja mais queimando óleo combustível e que tenha uma energia interligada ao sistema nacional ou de ciclo combinado de gás natural, ou seja, que Manaus tenha energia limpa.
Essa determinação foi transmitida ontem pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ao senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
O cronograma com as ações e investimentos em energia elétrica no Estado serão apresentados amanhã ao governador Omar Aziz pela direção da Eletrobras e Amazonas Energia.
A entrega das obras está prevista para o final de 2012 porque o sistema tem que estar implantado no ano seguinte. Essa é a ordem de Dilma Rousseff, de acordo com Gleisi.
“Para nós, essa prioridade da presidente Dilma muda o patamar de discussão dentro do próprio Ministério de Minas e Energia. A ordem é que o Amazonas tenha energia de qualidade, em abundância, mais abarata e ambientalmente correta”, comemorou Eduardo Braga ao deixar o Palácio do Planalto.
Em Manaus, será implementada uma nova usina de ciclo combinado a gás de 600 mega watts, novas subestações e um anexo de distribuição de alta tensão de 130 kV a 240 kV. S “Isso vai resolver o problema de superaquecimento e subdimensionamento dos sistemas de energia de toda a cidade”, explica Braga.
As usinas do Seringal Mirim, Cidade Nova, Ponta do Ismael/Aparecida, Distrito Industrial e subestação Jaraqui serão ampliadas e incorporadas ao sistema complementar de energia. As demais subestações serão novas com um cronograma de entrega até dezembro do ano que vem.
No “pacote energético” de Dilma também consta a entrega, até 2013, da linha de transmissão que interligará o Amazonas ao restante do País, por meio da usina de Tucuruí, no Pará.
De acordo com o senador Eduardo Braga, de todo o projeto, ficará de fora apenas a parte que vai beneficiar a implementação da indústria de potássio e silvinita em Nova Olinda, Autazes e regiões adjacentes, que será feita por meio de uma linha de transmissão, ligando esse sistema ao de Santo Antônio e Jirau, em Porto Velho/Rondônia.
Na avaliação de Braga, esse conjunto de investimentos previstos para 2011 traz soluções de curto, médio e longo prazos para os apagões e racionamentos em Manaus.
Ele diz que há necessidade de reformar, melhorar e ampliar a rede elétrica que é muito antiga assim fazer o redimensionamento dos circuitos que acontecerão quando forem inauguradas as subestações o que levará à diminuição da sobrecarga de energia.
  
Municípios vão receber 96 geradores
Os municípios do interior do Amazonas também estão incluídos no mega projeto de energia elétrica da Eletrobras e Amazonas Energia.
Informações repassadas ontem ao senador Eduardo Braga dão conta que a partir de  setembro até fevereiro de 2012 serão instalados 96 grupos geradores, com 80 MW, e 67 usinas termelétricas nos municípios amazonenses somente nas áreas urbana.
Nas comunidades rurais, pelo Programa “Luz para Todos”, será implantando um programa-piloto uma usina hidrelétrica que não é movida por queda d’água, mas por correnteza de rio, a chamada “energia cinética” que por meio de um bulbo entra em funcionamento.
“Vai ser feito um teste, um projeto-piloto entre o final deste ano e início do ano que vem. Se esse sistema aprovar, será uma solução fantástica para muitas das nossas comunidades”, disse Braga.
O projeto de implantação das usinas movidas a gás está em andamento nos Municípios de Caapiranga, Codajás, Anori e Anamã. Somente os projetos de Coari e Manacapuru estão fora do cronograma da transmissão de energia a gás.
  
Transformadores
A Eletrobras e Amazonas Energia estão fazendo análises em um centro de pesquisa tecnológica (Cefel) para verificar se os transformadores utilizados na cidade de Manaus são danificados por sobrecarga ou por defeitos de fabricação. Se constatado problema de fábrica, haverá substituição imediata dos equipamentos.
   
Fonte: ACrítica

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