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quinta-feira, novembro 24, 2011

PMN homenageia prefeito de Coari (AM)

Direção do partido nega que ato seja uma contrapartida ao revés sofrido pelo prefeito de Coari na Justiça do Amazonas

O prefeito Arnaldo Mitouso, condenado pelo TJ-AM, receberá homenagem (Luiz Vasconcelos - 16.04.2010)
 
O PMN vai homenagear o prefeito de Coari, Arnaldo Mitouso. Isso acontecerá no 1º Congresso Estadual do partido, na tarde de sábado (26), no salão nobre do Tropical Hotel Manaus.
Mitouso foi julgado na terça-feira (22), pelo Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), e condenado à unanimidade a oito anos de prisão mais a perda do mandato após o trânsito em julgado da sentença, por matar, com dois  tiros, o então prefeito daquele município, Odair Carlos Geraldo, em agosto de 1995.
A homenagem que receberá do PMN, porém, não é uma demonstração pública de apoio político. Ao menos oficialmente, e na visão do presidente do partido, Jerônimo Maranhão Vieira Rodrigues.
Ele explicou que o prefeito de Coari terá reconhecida sua fidelidade, pois entrou no PMN em 1991 e permanece até hoje.
“A fidelidade partidária é uma instituição que poucos prezam, mesmo que  seja uma exigência legal e até acarrete sanções aos infiéis. Então, políticos como Arnaldo Mitouso, que passam 20 anos na mesma legenda sempre ativos e atuantes, são raros e merecem reconhecimento”, defende Maranhão.
Quanto à condenação no TJ-AM, ele registra nada tem a ver com o comportamento político-administrativo do prefeito, “que não é alvo de processo por corrupção” , e faz coro a Mitouso em alguns questionamentos: “É de se perguntar por que ele só veio a julgamento agora, depois de 16 anos? Haveria algum interesse inconfesso por detrás da celeridade repentina do processo?”

Consequências
Embora Arnaldo Mitouso seja o único prefeito do PMN no Amazonas, e justamente do município mais rico do interior do Estado, a impossibilidade dele concorrer à reeleição em 2012 devido à inelegibilidade decorrente de seu enquadramento na Lei da Ficha Limpa não é vista como um problema maior para o projeto eleitoral do partido em Coari.
Maranhão acredita que a condenação não afetará a imagem política de Mitouso porque a natureza do problema não é política e “ele vem fazendo uma administração correta, competente e voltada para a melhoria do município”.
À parte a inelegibilidade do prefeito de Coari, o fato é que o PMN chegará às eleições de 2012 com bem menos músculos do que tinha até o primeiro semestre deste ano quando contava com o governador do Amazonas, Omar Aziz, os deputados estaduais Davi Almeida e Josué Neto, e os vereadores Glória Carrate e Dr. Gomes, em Manaus, além de dezenas de lideranças locais interioranas.
“O congresso servirá não só para a definição das diretrizes do partido daqui por diante; vamos discutir a legenda do ponto de vista orgânico e consolidar nossas propostas para a governança administrativa e as políticas públicas nos âmbitos estadual e municipais”, disse Maranhão.

Congresso refunda o partido no AM
Fundado nacionalmente em 1984, o PMN ficou sob o comando do governador do Amazonas, Omar Aziz, até o mês de setembro. O governador se transferiu para o PSD, do prefeito de São Paulo, gilberto Kassab, e levou com ele deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores. Omar é a principal figura da legenda no Estado.
O PMN, de acordo com Jerônimo Maranhão, sobreviveu às baixas da revoada para o PSD e se manteve organizado no Amazonas, com diretórios em todos os municípios do Estado, mantendo em seus quadros três vice-prefeitos (Novo Airão, Novo Aripuanã e Maués), o prefeito de Coari e vários vereadores.
Mas, para Jerônimo Maranhão, só começará a existir de fato a partir do primeiro congresso estadual, quando deverá reunir cerca de 300 pessoas, entre delegados e convidados.
Entre essas propostas, adianta, estará a de total transparência nos gastos públicos, “para que a população saiba o custo real de cada obra ou serviço pago”,  prega Maranhão.

Jerônimo reafirma candidatura
O PMN terá candidato à Prefeitura de Manaus. E será o próprio presidente estadual do partido, Jerônimo Maranhão, em chapa na qual o candidato a vice-prefeito deverá sair da legenda, “pois a prioridade nessa eleição será buscar o voto qualificado, do eleitor que entende a diferença entre propostas reais e fantasias que nunca serão cumpridas. Ou que, quando saem do papel, consomem muito mais do que o seu verdadeiro valor”, diz.
Entre o que chama de “propostas reais”, Maranhão destaca o enxugamento da máquina administrativa, o corte dos desperdícios financeiros tanto com o mau dinensionamento de despesas quanto com superfaturamentos e a adoção de um modelo administrativo mais moderno, focado em metas, prazos e resultados.
“Honestidade administrativa é fundamental, seja na iniciativa privada ou no setor público. Com isso as coisas funcionam e pode-se fazer muito mais”, finaliza.

 Fonte: acritica.uol.com.br

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